segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

“Prazer como alavanca para o desenvolvimento”

Entrevista


Luís Lopes teve um encontro com o Swásthya Yôga há mais de 20 anos e nunca mais deixou de o praticar. Ser instrutor de yôga e viver de acordo com esta esta filosofia de vida “tem sido uma diversão total”.
Luís Lopes afirma que o
Swásthya introduziu na sua vida uma “proposta de uma maneira de estar mais saudável em todos os aspectos com um sistema que era prático, que não era especulativo nem filosófico”. Quando começou a praticar esta “arte”, Luís sentiu que tinha encontrado aquilo de que sentia falta, completado “aquela insatisfação” e que foi um “redescobrir da vida, redescobrir de coisas simples”. O filme da vida de Luís estava a “preto e branco” até encontrar o Swásthya que lhe “limpou as lentes e mostrou que o filme afinal tinha cor, perfume e mais do que duas dimensões”. Afirma ainda que esta proposta está “completamente integrada na vida onde nós estamos” e que induz a um “desenvolvimento como ser humano tendo por base a qualidade de vida”.
O grande lema desta filosofia de vida é “prazer como alavanca para o desenvolvimento”. O director da
Unidade de Yôga do Campo Alegre (Porto) diz que “estamos treinados ao contrário, que todas as metas e objectivos que queremos atingir têm que ser através de sofrimento”, mas no yôga a proposta é “ algo diferente que leva o ser humano ao seu auto –desenvolvimento , mas pela alavanca do prazer.”
Esta “ arte” tem um conjunto de técnicas que incrementam diversas áreas da vida e do corpo do ser humanos. Estes efeitos colaterais da prática consistem num “aumento da qualidade de vida, da gestão do stress, do emocional, da melhoria do seu funcionamento orgânico, da melhoria da sua concentração, da gestão das pressões do exterior...tem uma quantidade enorme de resultados”. Contudo, Luís afirma que é preciso encarar estas “melhorias como meras consequências, acidentes de percurso de uma filosofia saudável que se exerce”.
Para quê fazer yôga? Como dizia o Mestre DeRose(vídeo)
, para nada! Para quê fazer dança? Para quê fazer pintura, escultura, violino ou outra arte qualquer? É uma pergunta descabida, porque a gente não consegue viver sem exercer isso que já está dentro de cada um de nós. O Yôga tem que ser encarado da mesma forma que o pintor pinta o seu quadro, o escultor esculpe a sua obra, o bailarino dança com o seu corpo, é já algo que está dentro da própria pessoa...”






Carla Santos 2º ano T3

Swásthya Yôga

Luís Lopes, actualmente com 47 anos, veio do Brasil para Portugal em 1987 e trouxe o Swásthya para a cidade do Porto.
Abriu uma escola, ajudou na abertura das restantes e participou na criação da Federação de Yôga do Norte da qual é presidente. O seu trabalho consite em não só gerir e administrar a sua escola e a federação, como formar novos instrutores pela Universidade de Yôga , ensinar a interessados na filosofia, organizar festivais e eventos, e ainda leccionar cursos dentro e fora do país na sua área de especialização - área emocional que é o “motor de ignição de qualquer ser humano”.
O yôga que Luís Lopes (entrevista) ensina, SwáSthya Yôga, tem o nome da sistematização do Yôga Antigo, criado há 5 mil anos atrás, no noroeste da Índia, e que foi condenado à exclusão e ao esquecimento.Sistematizado no Brasil pelo Mestre DeRose na década de 60, o Swásthya já está presente em mais de 10 países num total de 200 escolas - Alemanha, Argentina, Chile,Inglaterra, Bélgica, França, Espanha e Portugal.
A Universidade de Yôga apresenta aos interessados cursos de extensão universitária. São precisos 12 anos para a formação completa de um instrutor de Swásthya, mas a meio do curso o aluno já pode começar a ensinar, pois “só com a prática é que se aprende a melhorar”.A
UniYôga já existe no Brasil desde a década de 70 e em Portugal desde 97, com um convénio com a Universidade Lusófona.



Carla Santos 2º ano T3